31.3.10
30.3.10
Ladrões de Cinema
E desde quando marginal faz cinema? O cinema marginal é feito por burgueses sobre marginais. Marginal tá lá, ou preso, ou prostituto, ou comendo o pastel que o diabo amassou com o rabo. E quem discordar, que vá enforcar Tiradentes novamente.
imagem . Ladrões de Cinema, de Fernando Cony Campos, Brazil, 1977
texto . Zine Zine
27.3.10
25.3.10
5 Frações de Uma Quase História
"Troco freneticamente de canal, mas minha vida não sai do lugar. Nada acontece senão na minha imaginação. Aí, sim: atiro nos passageiros em um vagão de metrô. Durmo com duas estranhas num motel de beira de estrada. E se der na telha, mato-as a garrafadas! Minha fuga é o meu delírio. Na TV, um turbilhão de imagens: um pastor me mostrando o caminho, um programa idiota de auditório, um cozinheiro ensinando a receita. Estou sempre sozinho, mas nunca me encontro. Que vontade de estourar os miolos de alguém!"
texto . popcard de divulgação 5 Frações de Uma Quase História
imagem . 5 Frações de Uma Quase História, de Armando Mendz, Cristiano Abud, Cris Azzi, Guilherme Fiúza, Lucas Gontijo e Thales Bahia, Brazil, 2007
24.3.10
23.3.10
O Cheiro do Ralo

Marcadores: brazil
18.3.10
A Festa da Menina Morta

16.3.10
11.3.10
Amarelo Manga
I
Amarelo é a cor das mesas, dos bancos, dos tamboretes, dos carros, da enxada, da extrovenga, dos carros-de-boi, das cangas, dos chapéus e dos cintos, do charque, amarelo das doenças, das remelas dos olhos dos meninos, das feridas purulentas, dos escarros, das verminoses, das hepatites, das diarréias, dos dentes apodrecidos. Tempo interior amarelo. Velho, desbotado, doente.
II
Às vezes eu fico imaginando de que forma as coisas acontecem. Primeiro vem um dia, e tudo acontece naquele dia. Aí, chega a noite, que é a melhor parte. Mas logo depois vem o dia outra vez e vai... vai... vai... e é sem parar. E eu, não tenho encontrado alguém que me mereça. Só se ama errado. Eu quero é que todo mundo vá tomar no cu.
imagem e texto II . Amarelo Manga, de Claudio Assis, Brazil, 2003
texto I . Renato Carneiro Campos
9.3.10
Baile Perfumado
Besouro, Moderno, Ezequiel,
Candeeiro, Seca Preta, Labareda, Azulão
Arvoredo, Quina-Quina, Bananeira, Sabonete
Catingueira, Limoeiro, Lamparina, Mergulhão, Corisco!
Volta Seca, Jararaca, Cajarana, Viriato
Gitirana, Moita-brava, Meia-noite, Zambelê
quando degolaram minha cabeça
passei mais de dois minutos vendo meu corpo tremendo
e não sabia o que fazer
morrer, viver, morrer, viver
imagens . Baile Perfumado, de Lírio Ferreira e Paulo Caldas, Brazil, 1997
texto . Sangue de Bairro, de Chico Science & Nação Zumbi
8.3.10
Corisco e Dadá

Corisco rodava... e rodava... e rodava... Qual cabeça de homem tonto com uma faca na mão. Ele degolava por prazer cada cabeça barbada de homem feito. Terminados os varões, partiu para as mulheres. Terminadas as mulheres, partiu para as crianças. Ele tinha sede. De sangue. Mas Dadá, que também era sofrida, dura, nem boba nem nada, e mulher, talvez por algum instinto maternal, defendeu as crianças, que correram quase livres pro campo. Foi quando, para aplacar a fúria de seu macho ainda todo coberto de sangue, acariciando aquela sua face rústica e empoeirada, que ela o fez - sangrar branco por entre as pernas.
imagem 1 . Corisco e Dadá
imagem 2 . Corisco e Dadá, de Rosenberg Cariry, Brazil, 1996
texto . matheus matheus
Marcadores: sempalavras
5.3.10
Cronicamente Inviável

texto & imagem . Cronicamente Inviável, de Sérgio Bianchi, Brazil, 2000
4.3.10
Batismo de Sangue
"Quand les ruisseaux limpides de mon être seront secs mon âme perdra esa force. Je chercherai alors des pâturages loint ains où la haine n'a pas d'abri. Au printemps, je cueillerai des fleurs pour mon jardin du regret. J'exterminerai ainsi le souvenir d'un passé sombre."

2.3.10
1.3.10
Ação Entre Amigos
