voando para casa
Antes de nacer é preciso calor & paz para que a vida se forme tranquila.
Depois amor & paciência para acompanhar ao mesmo tempo o ritmo de aprendizagem de cada um dos filhotinhos, sem se irritar ou dar mais atenção a um que ao outro.
Ensinar. Repetir. Ensinar. Sem desistir. Ensinar.
A juventude é rebelde porque tem pressa em conhecer o mundo, tem pressa para transformar o que, acha, precisa ser mudado.
Divertir-se durante o processo é indispensável. Múltiplo intercâmbio, a aprendizagem é recíproca. Ensinando aprende-se, nem que seja aprender a beleza de ver a cria dar certo sem necessariamente estar fazendo o que se sonhou para ela ou para si próprio. Para fazê-los voar é essencial deixá-los voar.
Quando estiverem maduros só eles próprios saberão o momento porque ninguém, nem mesmo os pais, pode estar dentro deles mesmos para saber. Quando estiverem prontos é de se respeitar o vôo dos filhotes, mesmo que este vôo pareça vacilante - de tão novo e inexperiente. O primeiro vôo é o mais lindo. Todo vôo é único.
Os filhotes jamais deixarão de ser aquelas pequeninas e meigas criaturas aos olhos de quem as criou, de quem as viu crescer. Mas não mais seguirão cegamente e de boa vontade os passos do professor. Darão seus próprios passos, alçarão vôos inéditos para, quem sabe, depois retornarem felizes e exaustos
"indo
de volta
pra casa".
texto . matheus só
imagem . Fly Away Home (de Carroll Ballard, EUA, 1996)
Marcadores: usa
0 Comments:
Postar um comentário
<< Home